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domingo, 27 de junho de 2010

Sem pensamentos dessa vez

Já é tarde pra correr atrás. Me arrepender de coisas que fiz não muda o fato de que as fiz. Já estão feitas, ou seja, pensar muito de nada vai adiantar. Saber que algo está crescendo como um pensamento vivo só faz crescer o desespero e o medo de algo desconhecido. É só assustador, sabe?
Como boa covarde que sou (e disso não me envergonho porque sou mesmo e blá blá blá) tenho medo, tenho pavor, pra ser mais exata de tudo que desconheço. Não conheço por isso sofro. Imagino mil faces, mil sons, barulhos se misturando na neblina, um último trago, dois chopps e uma caipirinha. Caipirinha me relaxa. É o meu santo remédio.
Pensamento cresce que nem erva daninha que deve ser podada. Pensamento ruim, claro. Mas às vezes, e somente às vezes, ele é muito necessário.
Sem pensamentos dessa vez. Me dê um chopp e um cigarro. Ninguém morre por causa disso.

sábado, 26 de junho de 2010

Falta do que fazer.

Sem críticas. Sem choros. Sem apegos. Sejamos todos felizes, felizes.
Mas será que dá certo ? :)

Chorar não é necessário ? Tão necessário quanto rir ?
Amar não é necessário ? Viver, sonhar ...
Vivamos e amemos então. õ/

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Explicação à Fuga.

Não me importa, de verdade. Podem me chamar de fujona, de covarde. Mas é o que sou, não é? Sou covarde mesmo. Fujo mesmo. Mas se todos fossem corajosos, o Hércules ia ser um Zé Ninguém, ou o Ulisses, da Odisséia, ia ser aquele nerdzinho sentado na frente do professor. Porque no mundo existem os corajosos, mas também existem os fracos, os covardes. Se me incluem nesse grupo, eu lamento muitíssimo. Mas eu e os meus colegas fracos e covardes temos que existir pra esse mundo girar. Porra!, a coisa toda não funciona assim não. Todo mundo destemido, corajoso... Isso não existe, ninguém é assim. Fujo mesmo e qual a vergonha disso? Os melhores momentos que tive foram durante minhas fugas, 4 ou 5, sei lá;
E estou viva agora, não estou ? Fugirei quantas vezes forem necessárias, farei isso mesmo. Porque o mundo tem que girar.

sábado, 19 de junho de 2010

O Sabor de Uma ironia

-Quindim?!
O sorriso sumiu do rosto de Elô, dando lugar a uma expressão desconhecida de preocupação. " Era só o que faltava! Onde já se viu..."
-O que foi, Elô? Você não gosta de quindim?
-É o meu doce favorito, amor.
ELe sorriu.
-O meu também. Coincidência...Então, por que você fez essa cara?
Ela se ajeitou no sofá da sala. Deu de ombros.
-Você disse que se eu fizer um quindim, aparece aqui em casa amanhã mesmo com as alianças, me pedindo pra casar. Isso é sério?
Ele riu.
-É. Qual é o problema? Você não me ama?
-Você sabe que eu te amo, mas casamento é coisa antiga, ultrapassada. Eu sou moderninha.
-Bom, promessa é promessa. Agora eu tenho que ir. Te ligo assim que chegar em casa, tá?
Ela concordou com a cabeça, pensativa.
-E, Elô, não esquece que eu te amo muito.
-Eu também te amo, meu bem.
Se beijaram e ele se foi.
Elô correu desesperada até a cozinha onde sua mãe descascava batatas.
-Mãe, mãe!...
A mãe de Elô se assustou.
-O que houve? Pare de gritar!
-Você sabe fazer quindim?
A mãe quase se engasgou.
-O quê?! Quindim? ELoísa, você enlouqueceu de vez?
-Não, é porque eu quero aprender a fazer quindim.
-E eu posso saber o porquê?
ELô sacudiu a cabeça, confusa.
-Sabe fazer ou não?!
-Eu não sei fazer doces, Elô. Nem eu, nem sua avó...
Pânico.
-É... Acho que eu vou fazer um curso de culinária então.
-Por quê?
-Deixa, deixa...
Foi para o quarto e começou a ligar para os cursos de culinária. Especializados em doces, claro. Quindins, especificamente. Era moderninha, mas nem tanto.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil, mostra a tua cara ... (8)

Olá. ¬¬
Sim, eu estou chateada. E muito.
Odeio Copa do Mundo. Não sou nada patriota, nada nacionalista, mas estou vivendo, tentando ser a melhor pessoa que eu conseguir ser, tentando pensar nos outros, fazer a diferença.
Mas o que me deixa intrigada, pra não dizer puta, é que ninguém pensa em ninguém, vivemos numa terra louca e sem lei ética prática, onde é "cada um por si, deus por todos". Mas chega a maldita Copa e todos fingem ser amiguinhos, irmãos; pintam as ruas juntinhos, se abraçam, comemoram a suprema estupidez que é. Desculpem a revolta, mas é o que penso. Uma vez em cada 4 anos, as pessoas são amigas, você vê o companheirismo estampado no rosto dos adultos e das crianças. Tudo é cor de rosa, tudo é lindo. Mas depois que tudo isso acabar, o que restará serão as cores da tinta desbotada no chão de cada rua, as bandeirinhas meio rasgadas penduradas nos postes, uma alegria que vai embora como veio. Rápido, rápido. Caso o Brasil perca, o que é bem provável. Time fraco, técnico sem personalidade, enfim, uma grande merda. Mas se acontecer o milagre de o Brasil ganhar, as ruas se tornarão um fervo impenetrável, as pessoas cantarão a kléos dos jogadores super cults, vai ser ótimo.¬¬
Não me interpretem mal, não quero parecer pessimista (quer dizer, pensem o que quiserem!), mas estou cansada dessa falsidade generalizada, dessa mediocridade sem limites. Poxa, tanta coisa importante a ser feita e o mundo para por causa de futebol?? ¬¬
Quer saber? Ignorem tudo. COntinuem torcendo, gritando, tocando aquele instrumento que parece uma buzina insuportável, que eu nunca consigo lembrar o nome, façam isso. É divertido, continuem, continuem. Mas não consigo fingir que o mundo real é mundo feliz, quando tanta gente passa fome, anda por aí sem amor, sem verdade. Não dá.

É isso. Desejo uma Boa Copa do Mundo pra todos, afinal de contas, tem lá suas vantagens, tipo não ter aula a tarde. Que vença a melhor seleção, que eu espero que seja a da Itália. *o*

Já disse que eu não sou patriota né! É meio óbvio. >.<

Beijosmeligue;*

(Espero não ter ofendido os torcedores fanáticos, mas vivemos num país livre, pelo menos deveria ser livre. Enfim...Liberdade de Expressão!)

domingo, 13 de junho de 2010

EU ;*

Sem textos, dessa vez. Serei mais pessoal, está bem?

Bom, me chamo Yasmin, mas assino como Kayla T. porque ela tem mais personalidade. Faz parte de mim, igualmente, mas eu não tenho muito talento com as palavras. Sou sem graça e boba, ela é adulta e forte. Por isso eu a criei, meu pseudônimo estilo "Super-homem/Clark Kent". Eu sou o Clark, claro. Ela é a heróina.
Tenho quase 18 anos, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom, porque eu sou quase adulta, ruim porque eu já posso ser presa, o que não é tão legal assim. Não tenho feito nada de ilícito ultimamente. Ultimamente. rs
Sou uma pessoa meio louca na maior parte do tempo, faço as coisas de forma intensa e não sei viver de outro jeito. Mas gosto disso.
Sou meio desorganizada com papéis, post-its, livros, pastas do computador, album de figurinhas, roupas. Tudo que me dão, eu vou guardando em um milhão de caixas, ficheiros, arquivos. Tudo mesmo. Mas não organizo nada, logo tudo fica perdido em meio ao meu mundo (sim, eu tenho vocação pra ser autista, todos dizem isso).
Sou compulsiva por sapatos. Fotografia. Música medieval. Halls de Cereja. Livros do Veríssimo.
Acho que tudo tem um lado bom, inclusive as coisas ruins.
Acredito em amor eterno, verdade absoluta, porque acho relativismo uma coisa maquiada e chata.
Eu sou amante de Rock, de Blues, de Jazz, música clássica.
Sou engraçadinha, rio com os olhos, gosto de ver os outros sorrirem, acho tudo muito natural.
Sou mais ou menos assim.
Beijosmeligue ;*

sábado, 12 de junho de 2010

A Ti

Daria a ti tudo o que possuo,

Mas ainda assim seria pouco.

Poderia entregar-lhe todo o meu mundo,

Ou até mesmo meu grito triste e rouco.

Daria a ti lembranças eternas,

Beijos roubados e olhares sorridentes.

Alguns carinhos ao longo de tuas pernas,

Toda a minha vida envolta em papel de presente.

Mas nada encontro que seja a tua altura,

Nada que me seja visão mais bela do que

Seus cabelos caindo sobre sua carne nua.

Presenteio-lhe então com meu coração,

E se fizeres bom uso de todo ele

Terás de mim doses eternas de paixão.


Nathan Menezes, mais do que especial. *o*

Entre Cigarros e Chopps

Ele a amava. Ela o amava. Os dois precisavam um do outro loucamente, mais que tudo. Haviam se apaixonado e, desde então, não sabiam mais como era viver um sem o outro. Podia acabar o mundo, mas enquanto estivessem juntos, seriam fortes o bastante para suportar qualquer coisa. Discutiam sobre tudo, de filosofia à futebol. Ela queria estar à altura dele. Ele queria o mesmo.

Mas no Dia dos Namorados, ele resolveu dar um presente para os dois. Um presente diferente, ousado, proveitoso. Resolveu levá-la à um motel cinco estrelas, perto do barzinho favorito deles. Tomariam uma birita e ele, claro, fumaria uns três cigarros, enquanto ela o observaria em silêncio, alternando entre olhar para ele e para o chopp. Ela amava beber, mas ela o amava mais que isso. Passaria a vida toda sem uma gota de álcool, mas não sem ele.

Dentro do carro a caminho do motel, ela perguntou com um riso nos olhos:

-Onde iremos hoje? No Bar do Seu Zé?

Ela tinha um olhar quase ingênuo, mas ele a conhecia bem demais para saber que era só uma ligeira impressão. Impressão errada, certamente.

-Não, não iremos ao Bar. Você queria beber?

Ela riu, como se ele tivesse feito cócegas.

-Eu quero beber todos os dias, mas não hoje. Hoje eu não serei do álcool. Serei só sua, como deve ser.

-Fico feliz em ouvir isso. De verdade… Então, hoje você é só minha?

-Nos outros dias também, meu amor. Estava brincando…

-Quero te levar em um lugar diferente.

-Se eu estiver com você, vou à qualquer lugar.

Ele parou o carro na frente do motel. Ela abriu a janela, sorriu e perguntou:

-Lugar… Diferente?

-É. Mais ou menos.

Ela concordou com a cabeça. Estava um pouco constrangida, mas fazia de tudo para agradá-lo. Ele alugou uma suíte de luxo, bem decorada, com champanhe e morangos, fruta favorita dela. Ela observava tudo em silêncio. Ele disse que estava suado e que gostaria de um banho. Ela sorriu maliciosamente, dizendo:

-Posso ir com você?

Ele a puxou pela cintura e a beijou intensamente. Ela tirou o cinto da calça dele, suas mãos passeando pelo corpo que ela tanto amava. Cada detalhe, cada gesto. Ele tirou sua camisa delicadamente. Ela o queria mais que o ar. Precisava dele todo o tempo, nunca havia se sentido tão dependente de alguém em toda a vida. Nunca.

Eles tomaram banho quase que em silêncio; só podia se ouvir o atrito dos corpos ao se tocarem. Ela estava feliz, radiante, completa. Ele também. Saíram do banheiro sorrindo, ainda em silêncio. Sentaram-se na cama, beijando-se loucamente. Ela, dando morangos em sua boca, enquanto ele bebia champanhe. Ela odiava champanhe. Talvez por isso a idéia de trazer o vinho tinto na bolsa. Bebeu direto na garrafa, sentiu o efeito do álcool na hora. Ela suspirou e disse:

-Estou feliz de estar aqui com você.

Ele sorriu, a beijou e disse:

-Ah, é? Acho que eu estou mais feliz… Não gostou da ideia de vir aqui?

-Bom, não sou muito fã de motéis. Não mesmo.

-Eu só quero te fazer feliz.

-Eu quero o mesmo.

Ela o beijou e eles fizeram amor durante longo tempo. Depois de algumas horas, eles foram embora. Ele, já sob o efeito do champanhe, disse:

-Acho que eu não posso dirigir bêbado.

Ela sorriu, e disse:

-Vamos deixar o carro num estacionamento. Amanhã você vem e pega. Mas antes… Vamos beber no Seu Zé.

Tomaram uma birita e ele, claro, fumou uns três cigarros, enquanto ela o observou em silêncio, alternando entre olhar para ele e para o chopp. Mas dessa vez o chopp podia esperar.